segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Estresse em relação ao dinheiro oferece riscos à saúde cardiovascular

FG Trade/iStock

É difícil encontrar uma pessoa que nunca tenha sentido ansiedade por conta de dinheiro. Geralmente, o nervosismo é ainda maior se não sabemos qual é a quantidade que poderemos contar para planos futuros.
Do UOL VivaBem, em São Paulo 14/01/2019 13h09 É difícil encontrar uma pessoa que nunca tenha sentido ansiedade por conta de dinheiro. Geralmente, o nervosismo é ainda maior se não sabemos qual é a quantidade que poderemos contar para planos futuros. Interessados nos efeitos que o estresse de uma renda instável pode causar à saúde, pesquisadores norte-americanos analisaram o estudo CARDIA (Desenvolvimento do risco de artéria coronária em adultos jovens, em português) que continha dados de 3.937 pessoas de 23 a 35 anos entre 1990 e 2015. 

A ANALÍSE
Os cientistas definiram a volatilidade do rendimento como uma variação percentual de uma de renda para a próxima, no mês seguinte, e eventuais baixas na quantidade de dinheiro. 

Depois, rastrearam o número de pessoas que sofreram eventos cardiovasculares --fatais e não fatais -- ou morreram por qualquer causa entre 2005-2015. A equipe levou em conta fatores como risco cardíaco preexistente e antecedentes sociodemográficos.

Os resultados, agora publicados na revista científica Circulation, mostram que flutuações substanciais na renda pessoal estão associadas a um maior risco de morte e doenças cardiovasculares na década seguinte a essa mudança de renda -- no total, houveram 106 eventos cardiovasculares e 164 mortes.

As descobertas foram comparadas com pessoas que se encaixaram em uma categoria similar, mas que tiveram menos alterações em sua renda pessoal.

Segundo o estudo, pessoas de alguns grupos específicos, como mulheres, afro-americanos, desempregados e solteiros eram mais propensas a experimentar alta volatilidade de renda. 

PORQUE A RELAÇÃO EXISTE? 
Não está claro o porquê da volatilidade da renda resultar em riscos à saúde. Os cientistas acreditam que resultados têm relação com comportamentos não saudáveis, como consumo excessivo de álcool e falta de exercícios, além de fatores como estresse e pressão alta.

"Embora este estudo seja de natureza observacional e certamente não uma avaliação de tais programas, nossos resultados destacam que grandes mudanças negativas na renda podem ser prejudiciais à saúde do coração e podem contribuir para a morte prematura", afirma Tali Elfassy, uma das autoras do estudo..

Os pesquisadores esperam que outros cientistas abracem o tema realizem mais pesquisas para entender a causa dessa nova associação. 

Eles veem essas descobertas como uma forma de filtrar com mais eficiência as pessoas mais jovens quanto ao risco de doenças cardiovasculares, mas os resultados não podem ser aplicados atualmente a todas as identidades. Outros grupos étnicos e um maior número de pessoas precisam ser estudado para checar a associação. 

FONTE:- Do UOL VivaBem, em São Paulo.

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